Dra. Brunella Dazzi

A dermatite atópica (DA), também conhecida como eczema tópico, é uma doença crônica da pele que cursa com o surgimento de placas avermelhadas que coçam intensamente, que podem evoluir com secreção, e áreas de pele seca, principalmente em regiões de dobras dos braços e atrás dos joelhos e pescoço.

dermatite atopica

É uma doença não contagiosa que acomete principalmente crianças, mas que pode persistir até a fase adulta ou iniciar nessa fase.

Geralmente o paciente que tem dermatite atópica tem história pessoal ou familiar primária de outros quadros de atopia, como asma, bronquite e rinite alérgica.

Causas e fatores de risco da dermatite atópica:

A dermatite atópica tem um forte componente genético e é comum que mais integrantes da família sofram com o mesmo quadro ou com outras doenças de componente alérgico.

Fatores ambientais, estresse, ansiedade e o estilo de vida podem contribuir muito para o desenvolvimento ou piora da doença.

  • Genética: mutação do gene da filagrina, importante na manutenção da barreira de proteção da pele.
  • Defeitos na barreira cutânea: permite a entrada de alérgenos e irritantes, o que pode desencadear a inflamação.
  • Sistema imunológico: desregulação imunológica leva à produção de substâncias que causam inflamação.
  • Fatores ambientais: exposição a alérgenos, poluentes, variações de temperatura e umidade.
  • Fatores irritativos: produtos químicos em sabonetes, detergentes e fragrâncias.

Médico especialista em dermatite atópica:

O médico especialista em dermatite atópica é o dermatologista, área que estuda as doenças da pele.

A Dra Brunella Dazzi é médica, especialista em dermatologia, diagnostica e trata pacientes com dermatite atópica.

Realizou estágio no hospital infantil Menino Jesus em São Paulo – SP, que é referência em tratamento de dermatite atópica em crianças.

Atualmente atende no consultório em Vitória, Espírito Santo, e também faz acompanhamento de pacientes por telemedicina.

Sintomas da dermatite atópica:

Os sintomas podem variar de pessoa para pessoa e de acordo com a gravidade, mas os principais são a pele seca e o prurido intenso e constante, que pode levar à ferimentos com saída de líquido (exsudato) pelo ato de coçar.

Esses ferimentos podem dar abertura à colonização de bactérias como o Staphylococcus aureus, fungos ou vírus, principalmente o Herpes simples, que provoca um quadro denominado erupção variceliforme de Kaposi.

dermatite atópica com infecção

Evolução da DA:

É uma doença que apresenta períodos de piora e melhora, chegando a ter remissão dos sintomas por meses ou até anos. A tendência também é a involução do quadro com o passar dos anos.

  • Pele seca e escamosa: é um dos principais sintomas e pode afetar qualquer parte do corpo.
  • Prurido: coceira intensa, que pode ser mais severa à noite.
  • Eritema: áreas de vermelhidão.
  • Lesões com exsudação e crostas: em casos graves, a pele pode eliminar secreções e formar crostas.
  • Liquenificação: espessamento da pele após longo período de coçadura.
  • Pigmentação: mudanças na pigmentação da pele após a cicatrização das lesões.

Diagnóstico da dermatite atópica:

O diagnóstico é basicamente clínico, com base no histórico do paciente e no exame físico realizado pelo dermatologista.

A Dra Brunella Dazzi é médica, especialista em dermatologia e em diagnosticar e tratar pacientes que sofrem com doenças de pele como a dermatite atópica.

dermatite atopica

Outros fatores também devem ser avaliados na hora de fechar o diagnóstico, como:

  • História familiar: presença de atopia em familiares, principalmente pais e irmãos.
  • Padrão das lesões: localização em dobras e aspecto das erupções.
  • Idade de início: frequentemente as lesões começam na infância.
  • Prurido: coceira intensa é a principal característica.
  • Testes de alergia: podem ser realizados para identificar possíveis alérgenos que atuam como gatilhos para o surgimento dos sintomas.

Tratamento da dermatite atópica:

Não existe cura para a dermatite atópica, mas o tratamento pode ajudar a controlar os sintomas.

O tratamento deve ser multidisciplinar, já que envolve o fator emocional, hábitos de vida e até a alimentação pode contribuir para melhora do quadro.

  • Hidratação da pele: uso diário de hidratantes específicos para manter a pele íntegra.
  • Corticosteroides tópicos: reduzem a inflamação e o prurido. Devem ser utilizados com cautela, na dosagem e tempo recomendado pelo seu dermatologista devido aos seus efeitos colaterais. As concentrações variam de acordo com a área a ser utilizada e a idade do paciente.
  • Inibidores da calcineurina: podem ser utilizados em associação aos corticóides ou como uma alternativa, principalmente em áreas de pele muito fina como pálpebras, dobras das axilas e regiões genitais.
  • Agentes imunomoduladores tópicos: são substâncias que atuam no sistema imunológico e aumentam a resposta de defesa a determinados microorganismos. Podem ser usados principalmente na manutenção dos sintomas.
  • Antibióticos: se houver infecção secundária da pele.
  • Anti-histamínicos: para aliviar a coceira e consequente evitar feridas, principalmente à noite.
  • Terapia com luz ultravioleta: a fototerapia para casos mais extensos e resistentes.
  • Imunomoduladores sistêmicos: como ciclosporina, metotrexato em casos refratários.
  1. O mais importante é manter a barreira cutânea preservada, usando hidratantes adequados prescritos pelo seu dermatologista.
  1. Utilize sabonetes hipoalergênicos, sem cheiro, de preferência líquidos, que mantém a hidratação da pele.
  1. Não tome banhos quentes ou faça uso de buchas. O banho também deve ser curto, em torno de 3-5 minutos.
  1. Use roupas de algodão. Evite tecidos sintéticos.
  1. Suspenda o uso de amaciantes.
  1. Evite uso de perfumes e fragâncias.
  1. Procure ter uma alimentação balanceada, com menos alimentos condimentados, industrializados, contendo trigo ou açúcar em excesso. Uma dieta anti-inflamatória também contribui para o controle das lesões.
  1. Procure auxilio de um psicólogo para te ajudar a lidar com a doença da melhor maneira possível.
  1. Diminua a exposição à alérgenos. Mantenha-se em um ambiente limpo e sem poeira.
  1. Tenha sempre um dermatologista para te acompanhar.

O que esperar da dermatite atópica?

A dermatite atópica pode ser uma condição desafiadora, mas muitos pacientes conseguem viver bem com a doença quando procuram diminuir os gatilhos da doença e manter hábitos de vida saudáveis.

Em crianças, a condição muitas vezes melhora com o passar dos anos.

Espera-se cada vez ampliação nos estudos sobre imunologia e genética e, consequentemente melhor qualidade de vida para os nossos pacientes.

Fonte:

https://www.sbd.org.br/

https://www.aad.org/

Leia mais: O que é Dermatite Atópica?

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